Sim, a cafeína é uma droga psicoativa (a mais utilizada no mundo). Como estimulante do sistema nervoso central, a droga é capaz de dar a seus usuários um temporário impulso de estado de espirito. Como efeito colateral, isso pode bombear os níveis de adrenalina, deixando as pessoas irritadas e ansiosas – bem como acelerar a frequência cardíaca para acomodar o trabalho extra do organismo. Além disto, a cafeína nos mantém alertas, imitando uma molécula conhecida como adenosina no cérebro. Assim, cria-se um ciclo vicioso, uma vez que, não dormindo à noite, a pessoa precisa de mais cafeína durante o dia.

A cafeína (C8H10N4O2) é um composto químico do grupo das xantinas. Denominada como 1,3,7-trimetilxantina, a mesma é encontrada em plantas e bebidas, como no café, chá, chimarrão, em refrigerantes, etc. A cafeína é considerada a droga lícita mais consumida no mundo.

Estima-se que grande parte da população adulta brasileira consome a dose diária igual ou superior a 300 mg de cafeína. Seus efeitos são:
–  bloqueio da recepção de adenosina, impedindo a sensação de sono em curto prazo;
–  estímulo da produção de adrenalina, aumentando o metabolismo e dando mais disposição;
–  aumento da concentração de dopamina no sangue, dando a sensação de bem-estar.

Os problemas que a cafeína provoca no organismo não são tão graves nem tão rápidos como nos casos das drogas ilícitas, porém existem. A recepção da adenosina é muito importante para o sono saudável, portanto com o bloqueio dessa substância, as pessoas terão, em longo prazo, dificuldades para se beneficiarem de um sono profundo.

Um indivíduo que tenta diminuir ou acabar com as doses de cafeína irá encontrar dificuldades, já que a substância gera o aumento da sensação de prazer e bem-estar. Além disso, muitas delas passam a apresentar dores de cabeça, ocasionadas pela dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro.