OUTUBRO ROSA – CÂNCER DE MAMA

“Você fez tanto, não pergunte o porquê

Não posso explicar o que aconteceu, mas por favor não chore

Confie! Você está tendo novas chances

Não fuja, o tempo ajudará a superar barreiras…

E você lembrará que venceu os desafios

Você é a sua própria Super-Heroína

E que fez tudo pelo amor!”

Quero começar esta matéria PARABENIZANDO TODAS AS MULHERES que fazem o tratamento contra o câncer pois são consideradas SUPER-HEROÍNAS por enfrentarem as BATALHAS DIÁRIAS DE CABEÇA ERGUIDA.

Pesquisas estão constantemente sendo realizadas na prevenção e cura de câncer, cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados hábitos como a prática de atividade física e uma boa alimentação, outro fator de proteção é a amamentação… O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete as brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino, devido este aumento nasceu a campanha OUTUBRO ROSA.

O movimento teve início no ano de 1990 em um evento sem que houvessem instituições públicas ou privadas envolvidas chamado “Corrida Pela Cura” que aconteceu em Nova York, com objetivo em arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, este evento cresceu tanto que o mês de Outubro foi instituído como o mês de conscientização nacional nos Estados Unidos, até que se tornou uma campanha mundial.

No Brasil a primeira ação de conscientização aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, em São Paulo. Com a iluminação cor-de-rosa do Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, mas foi a partir de 2008, que estas iniciativas tornou-se cada vez mais frequentes e passaram a iluminar prédios e monumentos, transmitindo a mensagem: A PREVENÇÃO É NECESSÁRIA.

A intenção do Outubro Rosa é alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama e a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por DIREITOS COMO O ATENDIMENTO MÉDICO E O SUPORTE EMOCIONAL, GARANTINDO UM TRATAMENTO DE QUALIDADE.

Durante todo mês de Outubro, diversas instituições abordam o tema para encorajar mulheres a realizarem seus exames. Nos últimos anos, o INCA (Instituição Nacional de Câncer) tem trabalhado com a população feminina a importância de “estar alerta” a qualquer alteração suspeita nas mamas com a estratégia de conscientização, assim como tem desenvolvido ações com gestores e profissionais de saúde sobre a importância do rápido encaminhamento para a investigação diagnóstica de casos suspeitos e início do tratamento adequado, quando confirmado o diagnóstico.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes da pessoa ter sintomas. Campanhas que inclui cartazes, folhetos, banners e utilização nas redes sociais, são criadas para as divulgações não apenas em outubro, mas ao longo do ano inteiro.

O câncer de mama é um tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns ele se desenvolve quando ocorre uma alteração de apenas alguns trechos das moléculas de DNA, causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto.

Segundo o Instituto Oncoguia, diagnosticar o câncer precocemente aumenta significantemente as chances de cura, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura.

Os principais sinais e sintomas da doença são:

  • Caroço (nódulo) geralmente endurecido, fixo e indolor;
  • Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
  • Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.

Não há exatamente uma única causa para o câncer de mama, diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: o aumento da idade quanto mais envelhecer o risco é maior, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante (radiação ionizante são encontradas em fontes naturais ou produzidas pelo homem, tais como em alguns solos, rochas, água, indústria nuclear, equipamentos que emitem radiação).

E como devo fazer para detectar o câncer de mama?

Toda mulher deve ter o hábito de fazer o autoexame, a palpação das mamas é muito importante e por meio da sensibilidade, é possível detectar caroços precocemente, a partir daí a mulher precisa procurar o quanto antes um mastologista que é a especialidade médica dedicada aos cuidados das glândulas mamárias, são eles os médicos responsáveis pelo estudo, diagnóstico, tratamento e reabilitação de todas as afecções nas mamas. A partir dos 40 anos, a mulher deve ter a mamografia entre seus exames de rotina. E conforme a idade avança ou um perfil mais ou menos pré-disposto a desenvolver câncer de mama (histórico na família), os médicos costumam adicionar outros exames junto à mamografia. Isso porque o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura.

E COMO FICA O EMOCIONAL DA MULHER QUE PASSA PELA SUSPEITA OU QUE ESTÁ COM O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA?

Passar por um exame de suspeita de um diagnóstico de câncer pode trazer abalos emocionais, eu mesma tive essa experiência, em 2018 estava com os meus 38 anos e três nódulos foram detectados no seio esquerdo, então foram realizados diversos exames e passar por cada um e esperar o dia da retirada de todos e o retorno no mastologista foi uma das experiências que deixou meu emocional abalado durante alguns meses, pois o tempo todo eu pensava na possiblidade do diagnóstico de serem malignos, me aterrorizava a cada dia, eu pensava nos meus filhos, e um monte de fantasmas que atormentam a minha mente pois neste mesmo período que apareceram os nódulos, eu estava enfrentando uma depressão, até que veio a resposta de que eram benignos, e até hoje continuam no seio esquerdo porém sempre tenho que manter a observação e realizando regulamente os exames.

Imagino como fica o emocional de quem recebe a notícia de que enfrentará uma batalha, se em uma suspeita fiquei no extremo da ansiedade…

Uma amiga muito querida passou por esta batalha, e sei o quanto passou dias de trevas, mas sem nunca desistir com muita fé, foi superando a cada batalha, com muito amor principalmente de sua filha (já adulta) e que foi seu grande apoio, a cada dia superando as barreiras e se tornando sua super-heroína, até que conseguiu VENCER O CÂNCER.

O apoio das pessoas, principalmente da família são extremamente fundamentais, focando a mente de quem está sofrendo em um cérebro positivo, elevando as emoções sempre para o otimismo, em conjunto com o apoio de um psicólogo.

E as terapias holísticas cada vez mais vem trabalhando em melhorar a autoestima, um estudo publicado em 2004, com quase 1300 pacientes, concluiu que a massagem pode reduzir a dor, náusea, fadiga, ansiedade e depressão em pacientes com câncer. As terapias holísticas, nunca deve substituir um tratamento médico, e sim auxiliam nos tratamentos de forma completa.

Para combatermos o câncer de mama, é fundamental estimular cada vez mais muitas mulheres a buscar os exames com mais frequência, e facilitando o acesso sendo menos burocrático.

É neste sentido que as novas tecnologias podem ter um papel fundamental no combate ao câncer de mama, ao empoderar as pacientes com informações e controle sobre seus próprios corpos, e saber que nós não somos apenas um objeto de diagnóstico, mas temos o direito de sermos tratadas como SERES HUMANOS.

O que mais desejo em nosso país, que aqueles que governam, dê mais oportunidade, para que todas as mulheres tenham chances de ter a prevenção e o tratamento de câncer de mama.

E nunca devemos esquecer deste três pilares para que o cuidado com as mamas tenha uma atenção permanente.

  • PREVENIR
  • DETECTAR
  • CUIDAR

 

Mônica Molina

Colunista e Terapeuta Holístico

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